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Burnout: 10 sinais de que você pode estar com essa síndrome

A crescente preocupação com o burnout

Nos últimos anos, a síndrome de burnout tem ganhado destaque nas discussões sobre saúde mental no ambiente de trabalho. Esse fenômeno, caracterizado pelo esgotamento extremo devido ao estresse crônico, afeta profissionais de diversas áreas.

Embora algumas profissões sejam mais propensas a essa condição, como professores, médicos, enfermeiros, policiais, bombeiros e bancários, qualquer trabalhador pode ser acometido pelo burnout.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheceu o burnout como uma doença relacionada ao trabalho, incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Essa síndrome surge da interação contínua com condições de trabalho inadequadas ou exaustivas, levando ao desgaste físico e emocional.

Entendendo as causas do burnout

O burnout pode se manifestar quando um profissional enfrenta uma série de desafios no ambiente de trabalho. A falta de recursos adequados, cobranças excessivas, interações complicadas com colegas e superiores, e problemas recorrentes com o departamento de recursos humanos são alguns dos fatores que contribuem para o aumento do estresse.

Profissões que exigem convivência constante com situações estressantes, como as na área da saúde, segurança pública e emergência, também são mais suscetíveis ao burnout. Para esses trabalhadores, adotar estratégias de desestresse é fundamental para manter a saúde mental.

síndrome de burnout

Principais sinais de burnout

Um dos primeiros sinais da síndrome de burnout é o desânimo em relação ao trabalho. O profissional pode sentir uma falta de motivação para ir ao escritório, concluir tarefas ou interagir com colegas. Esse desânimo leva a erros e à queda na qualidade do trabalho, mesmo que o indivíduo ainda deseje ser produtivo.

A autoestima do profissional também é afetada. Ele pode começar a se ver como um fracasso, mesmo sem receber críticas externas. Pensamentos negativos, como a sensação de não merecer reconhecimento ou de que suas habilidades são insuficientes, tornam-se frequentes.

A criatividade, essencial para a inovação e solução de problemas, também é prejudicada. O esgotamento mental dificulta a geração de novas ideias, fazendo com que o profissional seja visto como estagnado e pouco inovador.

Funções cognitivas, como memória e concentração, são impactadas. O profissional esgotado pode ter dificuldade para lembrar de informações ou aprender novas habilidades, o que pode gerar frustração e erros no trabalho.

A exaustão constante é outro sinal claro de burnout. O profissional sente-se cansado sem motivo aparente, necessitando de pausas frequentes para recuperar as energias.

O escapismo, ou a busca por distrações para evitar o estresse do trabalho, torna-se uma prática comum. Durante a pandemia, muitos profissionais passaram a trabalhar remotamente, o que intensificou essa tendência.

O humor do profissional esgotado também sofre. A irritabilidade aumenta, levando a conflitos desnecessários e dificultando a formação de relacionamentos profissionais saudáveis.

O sistema imunológico pode ser enfraquecido pelo burnout, tornando o profissional mais suscetível a doenças comuns, como resfriados, e aumentando o tempo de recuperação.

A ansiedade é uma consequência comum do burnout. A preocupação constante com o desempenho no trabalho e a saúde pode agravar o estresse, dificultando o controle das emoções.

Por fim, a insônia é um sintoma frequente. O profissional pode ter dificuldade para adormecer ou manter o sono, o que agrava a exaustão e os demais sintomas.

A importância de buscar ajuda

Identificar os sinais da  síndrome de burnout é crucial para evitar que a condição se agrave. Profissionais que percebem mudanças significativas em seu bem-estar devem procurar ajuda médica ou psicológica para recuperar a disposição e a saúde mental.

Ignorar os sintomas pode levar a consequências sérias, como afastamento do trabalho e impacto negativo na carreira e na saúde. Por isso, é fundamental priorizar o cuidado com a saúde mental e buscar apoio profissional quando necessário.

O burnout pode se instalar em profissionais e impactar a sua performance no trabalho, bem como a sua autoestima e motivação, de maneira sorrateira.

Sinais de Burnout Descrição
Desânimo Falta de motivação para trabalhar e interagir com colegas.
Baixa autoestima Sentimento de fracasso e pensamentos negativos sobre suas habilidades.
Falta de criatividade Dificuldade em gerar novas ideias e soluções.
Problemas cognitivos Dificuldade de memória e concentração.
Exaustão Cansaço constante sem razão aparente.
Escapismo Busca por distrações para evitar o estresse do trabalho.
Irritabilidade Aumento da frequência de conflitos e dificuldade em formar relacionamentos.
Sistema imunológico enfraquecido Maior suscetibilidade a doenças e tempo de recuperação prolongado.
Ansiedade Preocupação constante com o desempenho e saúde.
Insônia Dificuldade para adormecer ou manter o sono.

Estratégias de Prevenção e Enfrentamento

A prevenção do burnout requer uma abordagem proativa, tanto no nível individual quanto organizacional.

No âmbito pessoal, é essencial estabelecer limites claros entre vida profissional e pessoal, praticar exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação equilibrada e reservar momentos para hobbies e descanso. Técnicas de mindfulness e meditação também se mostram eficazes no gerenciamento do estresse.

Já as organizações podem contribuir promovendo um ambiente de trabalho saudável, com carga horária adequada, valorização do profissional, programas de apoio à saúde mental e canais abertos de comunicação. A combinação dessas iniciativas cria uma barreira protetora contra o esgotamento.

O Papel da Liderança na Prevenção do Burnout

Líderes e gestores têm um papel crucial na prevenção e identificação precoce da síndrome de burnout em suas equipes.

Uma liderança empática, que pratica a escuta ativa, reconhece o bom desempenho e se preocupa genuinamente com o bem-estar dos colaboradores, pode fazer toda a diferença.

É fundamental que os gestores estejam atentos aos sinais de sobrecarga, promovam a distribuição equilibrada de tarefas e incentivem pausas regulares. Empresas que investem na capacitação de suas lideranças para gerir pessoas com inteligência emocional tendem a apresentar menores índices de esgotamento profissional e maior retenção de talentos.

Tratamento e Recuperação: O Caminho para a Saúde Mental

Superar a síndrome de burnout é um processo que exige paciência e dedicação. O tratamento geralmente envolve acompanhamento psicológico, que ajuda a ressignificar a relação com o trabalho e a desenvolver mecanismos saudáveis de coping.

Em alguns casos, pode ser recomendado acompanhamento psiquiátrico para manejo de sintomas como ansiedade e insônia.

O afastamento temporário das atividades laborais, conforme previsto em lei, é muitas vezes necessário para uma recuperação adequada. A reintegração ao trabalho deve ser gradual e acompanhada, com adaptações no ambiente laboral quando necessário.

É importante compreender que a recuperação é possível e que buscar ajuda é o primeiro passo para restabelecer o equilíbrio e a satisfação profissional.

Fonte: www.psicologoeterapia.com.br

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