Cleide Salem Sarkis

Cleide Salem Sarkis Liderança e Nivelamento?

Psicologia Cleide Salem Sarkis

O papel da mulher

Como psicoterapeuta há mais de 35 anos (clínica), tenho uma vida profissional que inclui todo atendimento psicanalítico. Durante este tempo, e por ser mulher, percebi a profundidade da problemática que atinge àquelas que conquistaram posições de destaque, independência econômica, social, política e cultural.

Porém, o fato marcante em todo este processo é que a fêmea nunca deixou de existir dentro de cada uma delas (nem deixará). Por isto, o tema de hoje trata justamente dos papéis que a mulher assume enquanto ser humano em franco progresso.

O “calcanhar de Aquiles” é, no entanto, a responsabilidade que chama para si por desempenhar funções que antes eram de domínio masculino. Nesse momento, ela sente um profundo vazio entre o Ser que sempre foi e o que agora também é.

A questão é encontrar-se em todos os sentidos e conseguir harmonizar as partes dentro de um todo. E aí que entra meu trabalho (e dos colegas), no sentido de dar os instrumentos necessários para uma vida livre, feliz e sem conflitos — ou seja — respeitar e ser respeitada pelo homem, como condição maior da existência humana.

O amor, em todas as suas formas, é consequência desse estágio alcançado.


“O Estojo da Mulher?”

Os primeiros socorros sentimentais estão contidos no “estojo da mulher”. Ele não está à venda em nenhuma loja de beleza, mas sim dentro de si mesma. Habita várias partes de seu corpo, inclusive a alma.

A mulher, com sua responsabilidade, precisa saber apenas qual de seus componentes vai lançar mão e em que momento. Isso não quer dizer que “ele” seja usado contra o homem. Pelo contrário, é uma das formas de valorizar o conteúdo do relacionamento no dia-a-dia.

Cada momento comporta uma atitude diferente e “pinçá-las”, usando-as de forma adequada (sem ferir o macho que habita até os homens mais cultos), é à suprema consagração da mulher.

Ser conquistada é também conquistar; ser amada é também saber amar; e ser mulher é entender o que é um homem. Este é o nivelamento ao qual me referi semana passada.

Quando escrevi sobre liderança, no título da matéria, quis demonstrar uma condição que se atinge (homens e mulheres) no uso de talentos específicos. Isto não significa que a liderança de uma atribuição faça o homem mais homem nem a mulher mais mulher. Disse e repito: somos seres humanos que vivem e deveriam deixar viver.

Portanto, o “estojo” da mulher é apenas um apêndice, do qual a maioria não tem consciência da existência e, consequentemente, não faz uso…


Cartas

Amálio Limeira Neto (Itaim Bibi):
Dra. Cleide: Lendo seu artigo “Machismo/Feminismo e à Disputa pela Liderança”, senti-me como que discriminado. Não sou “machão” e procuro tratar minha mulher com carinho e respeito; até impeço-a de trabalhar fora para que não se canse muito e possa cuidar apenas de nossos filhos. Gostaria que a senhora esclarecesse se estou certo ou errado?

Obrigado.

Dra. Cleide Salem Sarkis:

Esclarecimentos sobre dúvidas como as suas fazem parte de minha rotina profissional. Caso desejar, posso atendê-lo pessoalmente. O telefone e endereço do meu consultório clínico encontram-se logo abaixo. Obrigada.


Consultório de Psicologia – Cleide Salem Sarkis

Endereço: Av. Paulista, 509 – Conj. 913

Telefone: (11) 99805-9125

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Precisa de Ajuda?