Psicologia Cleide Salem Sarkis
O papel da mulher
Como psicoterapeuta há mais de 13 anos (clínica) tenho
uma vida profissional que inclui todo atendimento psicanalítico. Durante este tempo. € por ser mulher, percebi | ;
a profundidade da problemática que atinge àquelas que
conquistaram posições de destaque, independência econômica, social, política e cultural. Porém, o fato marcante
em todo este processo é que a fêmea nunca deixou de
existir dentro de cada uma delas (nem deixará). Por isto, | |
o tema de hoje trata justamente dos papéis que à mulher | |
assume enquanto ser humano em franco progresso. O):
“calcanhar de Aquiles” é, no entanto, à responsabilidade E
que chama para sí por desempenhar funções que antes a
eram de domínio masculino. Nesse momento, ela sente
um profundo vazio entre o Ser que sempre foi e o que
agora também é. A questão é encontrar-se em todos
os sentidos e conseguir harmonizar as partes dentro de
um todo. E aí que entra meu trabalho (e dos colegas),
no sentido de dar os instrumentos necessários para uma
vida livre, feliz e sem conflitos — ou seja — respeitar
e ser respeitada pelo homem, como condição maior da +,
existência humana. O amor, em todas as suas formas, |*
é consequência desse estágio alcançado.
“O Estojo da Mulher?”
Os primeiros socorros sentimentais estão contidos no
“estojo da mulher”. Ele não está à venda em nenhuma
loja de beleza, mas sim dentro de si mesma. Habita várias
partes de seu corpo, inclusive a alma. A mulher, com
sua responsabilidade, precisa saber apenas qual de seus
componentes vai lançar mão e em que momento. Isso
não quer dizer que “ele” seja usado contra o homem.
Pelo contrário, é uma das formas de valorizar O conteúdo
do relacionamento no dia-a-dia. Cada momento com-
porta uma atitude diferente e “pinçá-las”, usando-as adequo (sem ferir 0 macho que habita O mais culto
os homens) é à suprema consagração da mulher. Ser
conquistada é também conquistar; ser amada é também
caber amar e ser mulher é entender o que é um homem.
Este é o nivelamento ao qual me referi semana passada.
Quando escrevi liderança, No título da matéria, quis de-
mostrar uma condição que se atinge (homens € mulheres) no uso de talentos específicos. Isto não significa que
a liderança de uma atribuição faça O homem mais homem
nem a mulher mais mulher. Disse e repito, são seres |.
humanos que vivem € deveriam deixar viver. Portanto,
o “estojo” da mulher é apenas um apêndice, do qual
a maioria delas não têm consciência da existência e consequentemente não fazem uso…
Cartas
Amálio Limeira Neto (Itaim Bibi) – Dra. Eleide: Lendo
seu artigo “Machismo/Feminismo e à Disputa pela Lide-
rança”, senti-me como que discriminado. Não sou “mais,
chão” e procuro tratar minha mulher com carinho e res-
peito; até impeço-a de trabalhar fora para que não se
canse muito e possa cuidar apenas de nossos filhos. Gostaria que a senhora esclarecesse se estou certo ou errado?
Obrigado.
pra. Cleide Salem Sarkis:
Esclarecimentos sobre dúvidas como às suas fazem par-
te de minha rotina profissional. Caso desejar, posso atendê-lo pessoalmente. O telefone e endereço do meu consultório clínico encontram-se logo abaixo. Obrigada.
AV. PAULISTA 509 – CONJ. 913 – FONE:288-7111