O medo, contrariamente ao que muitos acreditam, é uma emoção autêntica e natural, inerente à
espécie humana, portanto positivo e vital, pois exerce a função básica de nos preservar e nos
proteger.
Quando um perigo é identificado, determinados mecanismos são mobilizados dentro de nós com o
propósito de nos preparar para uma ação que pode ser fuga ou luta.
Esta reação é natural e instintiva. No entanto, este processo pode ser alterado por uma série de
variáveis, entre elas a educação, valores culturais, experiências pessoais traumáticas e sofrer uma
alteração em sua ordem natural, dando origem aos distúrbios emocionais.
No lugar do medo natural, positivo e necessário à sobrevivência, vai aparecer a fobia — medo
exagerado onde não há perigo real.
O medo é uma reação emocional a um perigo real externo, enquanto a fobia é um medo irracional em
relação a algo que não apresenta riscos iminentes. Essa reação geralmente é acompanhada de muita
ansiedade. Por exemplo: há pessoas que apresentam medo exagerado de barata, medo
incompreensível de borboleta, entrar num elevador, andar de avião, andar de metro.
Neste caso de disfunções emocionais a pessoa vai lidar de forma caótica com as defesas, podendo se
armar de forma exagerada, gastando desnecessariamente suas energias.
Sabendo que embora os mecanismos de reação sejam naturais, precisamos orientar nossos pacientes
quanto a forma de lidar com estas emoções.
Ensiná-los a distinguir os perigos reais dos fantasiosos; ensinar nossos pacientes a lidar de forma
saudável com estas emoções é uma tarefa desafiadora do psicólogo.
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